PID x Processo de Londres: o que compensa mais?

Vale a pena esperar pelo processo de Londres? Descubra por que o PID ainda é a melhor opção para as vítimas de Mariana

📌 Introdução

Desde o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015, milhares de famílias ainda lutam por justiça e indenização. Entre as opções, duas se destacam: o Programa de Indenização Direta (PID), já em andamento no Brasil, e o processo internacional em Londres contra a mineradora BHP Billiton, conduzido pelo escritório Pogust Goodhead.

Mas afinal: vale a pena esperar pelo processo internacional ou é melhor optar pelo PID? Vamos analisar os cenários.

⚖️ O processo de Londres: em que pé está?

O processo na Justiça britânica começou em 2018 e hoje reúne mais de 600 mil vítimas. Mas a realidade é que ainda há muita incerteza:

• ✅ O julgamento da responsabilidade da BHP (liability) terminou em março de 2025;

• ⏳ A decisão final ainda não foi publicada;

• 📅 A fase de definição dos valores (quantum of damages) só começará em outubro de 2026;

👉 Ou seja, o processo pode demorar anos e não há garantias de vitória ou de valores definidos.

💰 Quanto está sendo pedido em Londres?

O escritório Pogust Goodhead afirma que os danos totais podem chegar a £36 bilhões (cerca de R$ 225 bilhões). Porém, até agora:

• A BHP e a Vale já ofereceram US$ 1,4 bilhão em acordo;

• O escritório rejeita propostas abaixo de US$ 3 bilhões;

• Em caso de vitória, 30% do valor será descontado em honorários advocatícios no Reino Unido.

🧮 Comparativo entre PID e processo de Londres

🔹 Processo internacional em Londres

👉 Somente se o acordo em Londres ultrapassar US$ 5,4 bilhões os valores recebidos seriam equivalentes ao PID.
👉 Abaixo disso, as vítimas receberiam menos do que já podem garantir hoje.

🔹 PID (Programa de Indenização Direta) no Brasil

• Indenização: R$ 35.000 por pessoa

• Desconto advocatício: 10%

• Valor líquido no bolso da vítima: R$ 31.500

• Pagamento: imediato, direto e garantido

⏳ Vale a pena esperar?

Analisando os cenários, a resposta é clara:

• ❌ O processo de Londres pode levar anos e não tem resultado garantido.

• ❌ O desconto de 30% em honorários reduz drasticamente o valor líquido.

• ❌ Mesmo em acordos bilionários, a vítima pode acabar recebendo menos do que já é pago no PID.

Já o PID:

• ✅ Paga de forma rápida e direta;

• ✅ Tem desconto menor (10%);

• ✅ Garante um valor líquido maior na maioria dos cenários;

• ✅ Dá mais segurança e previsibilidade.

🟩 Conclusão: PID ainda é a melhor escolha

Se você é vítima do desastre de Mariana, a melhor decisão é optar pelo PID agora.
Enquanto o processo internacional segue sem prazo definido, o PID garante um valor justo, rápido e seguro, sem falsas promessas.

📌 Resumo Final:

• O PID paga hoje R$ 31.500 líquidos;

• O processo de Londres só chega a esse valor se passar de US$ 5,4 bilhões;

• O tempo de espera e os riscos no exterior tornam o PID a opção mais vantajosa.

❓ Perguntas Frequentes (FAQ)

1. O que é o PID?
O Programa de Indenização Direta é uma iniciativa para compensar financeiramente as vítimas do desastre de Mariana, com pagamentos rápidos e garantidos.

2. Quanto o PID paga?
Cada vítima recebe R$ 35.000, com desconto de 10% em honorários, resultando em R$ 31.500 líquidos.

3. O processo de Londres já decidiu algo?
Ainda não. O julgamento de responsabilidade foi concluído, mas a decisão não saiu, e a fase de definição dos valores só começa em 2026.

4. Vale mais a pena esperar por Londres?
Não. Somente se houver um acordo acima de US$ 5,4 bilhões, o que é pouco provável, os valores líquidos seriam iguais ao PID — e ainda assim com anos de espera.

5. Quanto tempo demora para receber pelo PID?
Os pagamentos são feitos de forma direta e rápida, sem precisar esperar por longos processos judiciais.

6. Qual a principal diferença entre os dois processos?
O PID oferece certeza, rapidez e valores líquidos maiores, enquanto o processo de Londres é incerto, demorado e com descontos mais altos.